Escolher boas matrizes para coletar as sementes, selecionar as melhores sementes beneficiadas, quebrar a dormência e finalmente colocar na terra para germinar. E olha que essa é só uma parte do processo de criação das mudas.
Quando elas são plantadas nos tubetes, no início do processo de germinação, elas são colocadas bem próximas, já que são pequenas e ainda vão crescer. Ao longo desse tempo, conforme vão tomando forma, as mudas precisam passar por várias etapas de cuidado e manutenção para ganharem força e permanecerem com qualidade.
Uma dessas etapas é a de “alternagem de mudas”, e o próprio nome já é auto explicativo, já que é o momento em que os tubetes são retirados da bandeja, são limpos e recebem mais substrato para preencher o que a planta já consumiu e são novamente colocados na bandeja, só que agora, de maneira “alternada”, um tubete sim e outro não, para aumentar o espaço entre as mudas.
“Essa é uma etapa da produção de mudas muito importante, na questão da qualidade,” ressalta Marcos Antônio de Souza, gerente de produção de mudas do viveiro da Ecoporé, que atende ao projeto Terra e Mata.
O Marcos também explica porque esse processo é importante. “Se as plantas se desenvolverem muito próximas, ela vai estiolar, ou seja, ficar muito alta e mito flexível. Então, a gente usa esse processo de alternagem para que a planta fique mais longe uma da outra. Assim, ela vai conseguir se adaptar melhor, desenvolver melhor, engrossar um pouco mais o caule e ficar pronta para ir para campo.”
Terra e Mata
O Projeto Terra e Mata faz recomposição florestal de áreas degradadas e recuperação de nascentes em municípios de Rondônia com o apoio financeiro do Fundo Socioambiental Caixa. Serão 2 milhões de árvores plantadas, incluindo espécies ameaçadas de extinção e que irão ajudar agricultores familiares da Amazônia a recuperarem suas áreas e dar apoio às mulheres e jovens com implantação de sistemas produtivos sustentáveis.